natalia

domingo, 13 de maio de 2012

Adoráveis parceiros


Na semana passada, saiu essa nota no jornal O Globo, na coluna da Patricia Kogut. Divido esse 10 com toda a equipe e elenco, que emprestaram seus talentos à realização de mais uma temporada de Adorável Psicose. Estou muito feliz e orgulhosa do nosso trabalho e da nossa evolução ao longo desses quatro anos - sim, porque o projeto da série começou em 2008, com basicamente o mesmo time que se mantém junto até hoje.

Aproveito esses elogios e as frequentes perguntas sobre o guarda-roupa e o cenário da série para postar a lista dos nossos parceiros. Sem eles, nosso programa não seria tão bonito de ver.

Fotos: Lilli - Maison Le Modiste
Figurino:
Diversa
Dri Trivelato
Bijoux Le Berbat
Zellig 
Rica 
Lu Karini Acessórios - vendida na Diversa
Luko
Miss Couture
Melissa 
Magic Fantasy
Ateliê Mundo da Fantasia
Aparatus Fantasia
Retrôativo Acessórios
Canvendish
Redley
My Place
Folic 

Cenário:
Le Modiste
Lá na Ladeira
Casa Fortaleza
Zelo
Editora Objetiva
Livraria Cultura
O Segredo do Vitório
JLM Papelaria
Mobicool
Marie papier
Allspazio
A festa é nossa
Coza
Uatt
Gianini
Vult

domingo, 6 de maio de 2012

Ch-ch-Changes


Tenho vinte e sete anos. Eu. Tenho vinte e sete. Anos. Não faz muito, eu tinha dezessete e me sentia a pessoa mais desajustada do universo. Ok, não do universo, mas da cidade pequena onde morava. O tempo passa rápido e é impiedoso com os que não se movem. Ainda bem que eu me movi. Falta um bocado para eu me tornar a pessoa com que sonhei na adolescência, mas tenho a tranquilidade de admitir que as coisas não vão nada mal.
Mesmo assim, a proximidade inevitável dos trinta tem me deixado mais reflexiva do que o usual. Dia desses saí com um cara de vinte e três e, pela primeira vez em toda a minha vida, me senti velha. Tudo bem, eu sei que sou nova, não estou falando isso para obter palavras de conforto. Mas é que nossa cabeça não costuma acompanhar os aniversários. Ou as rugas que brotam discretas nos cantos dos olhos - especialmente quando a gente insiste em dormir sem tirar a maquiagem. Eu me sinto uma pós-adolescente até hoje, mas a verdade é que tenho vinte e sete. E aos vinte e sete, minha mãe já tinha uma filha de quase um ano. No caso, eu.
Estou longe de pensar em ter filhos, mas trabalho todos os dias para deixar algo meu no mundo. "Mostrar ao que veio" não é só uma frase de efeito ou algo que se diz antes de uma mulata com glitter começar a sambar. É um sentimento real que com que os seres humanos têm de lidar. É uma tentativa de fazer a existência ter um pouco mais de sentido.
Outro dia, um colega roteirista se referiu a um de seus trabalhos como "não vai ser esse que vai mudar o mundo". Estava no meio de um almoço num restaurante mexicano e a digestão dos burritos retardou um pouco minha conclusão. Mas ela veio e eu não pude deixar de compartilhar, ainda de boca cheia. É pretensioso cogitar fazer qualquer coisa com o intuito direto de mudar o mundo. A menos que você seja o Martin Luther King. Ou o Hitler. Porque mudar o mundo não significa necessariamente mudar para melhor.
Pelo menos no que concerne ao campo das artes, ninguém que de fato mudou o mundo passava os dias pensando em qual seria o melhor trabalho para mudar o mundo. As pessoas que mais admiro simplesmente trabalhavam naquilo que acreditavam. E esse é o primeiro passo para qualquer tipo de mudança. O resto é pura forçação de barra.
Quanto a mim, tenho vinte e sete anos e não planejo mudar o mundo tão cedo. Me contento com as pequenas mudanças que sou capaz de promover. A começar pela minha própria vida. Quando comecei a escrever este blog, tinha acabado de pedir demissão do meu antigo emprego de assistente de produção. Meu trabalho pode não mudar o mundo, mas certamente mudou a minha vida. E, na minha humilde opinião, quando algo é capaz de mudar o status quo de pelo menos uma pessoa, então já possui algum valor.
Antes de cogitarmos a utopia de mudar o mundo, existe uma terefa muito mais simples e igualmente transformadora: mudar de analista. De resto, mantenha a calma, faça o seu e pare de mimimi.

 
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