natalia

domingo, 23 de outubro de 2011

Boletim da Psicótica


Aos que pediram, fiquem sossegados. Muitíssimo em breve, teremos textos novos aqui no blog. Várias situações malucas têm acontecido, o que não me falta é material.

Enquanto isso, queria aproveitar o espaço (afinal, como diria a Dra. Frida, "meu espaço, seu espaço") para divulgar umas cositas importantes.

Estou concorrendo a dois prêmios super bacanas e a votação é totalmente aberta ao público.

O primeiro é o Prêmio Monet, que elege os melhores programas da tevê por assinatura. Adorável Psicose está concorrendo como melhor humorístico!

Para votar no Prêmio Monet 2011, clique aqui.

O segundo também é bacanérrimo. É o Prêmio Extra, que elege os melhores do ano na tevê aberta. Nesse, estou concorrendo na categoria "Melhor Revelação Feminina", pela personagem Nikita do programa Macho Man.

Para votar no Prêmio Extra 2011, clique aqui.

Por fim, mas não menos bacana, vou postar a entrevista que dei há algumas semanas no Programa do Jô. Pra quem não viu e pra quem quer rever a prova da minha infância constrangedora sendo exibida em rede nacional:

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Psycho Channel - parte 5

Últimos episódios da segunda temporada. Esses e todos os outros
estão disponíveis no canal do Zingo no You Tube:

Episódio 14 - "O Zingo"


Episódio 15 - "A Vaga"


Episódio 16 - "A Sitcom"

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Humor não é bullying


Olhem bem para a foto acima.
Sou eu. Ou melhor, era eu, quando eu tinha uns quatro ou cinco anos. Eu era estranha.
A começar pelo imenso volume vertical do meu cabelo, uma coisa mezzo Marge Simpson, mezzo Elvira Rainha das Trevas. O volume é tão vertical, mas tão vertical, que invade o título da revista fictícia "A Criança". E por pouco não vai ao infinito e além, ultrapassando até mesmo os limites da foto em questão.
Trata-se de uma "edição especial" como diz o lettering. Contendo "beleza", "simplicidade dos traços", "estilo infantil" e, é claro, "vitória da qualidade". Meu rosto, como vocês podem ver, possui um lado obscuro. O Pink Floyd se inspirou nessa foto para compor "The Dark Side of The Moon".
Eu poderia passar o dia mencionando os detalhes dessa rica montagem, de uma Era Pré-Photoshopiana, mas vou me resumir ao que realmente importa agora: eu era estranha.
E uma pessoa com esse nível de estranheza aprende desde cedo o que é ser alvo de piadas. Se hoje eu consigo rir e fazer os outros rirem com isso, é porque um longo caminho já foi e continua sendo percorrido.
Não existe nada mais fácil do que sacanear quem já é frequentemente sacaneado. É tiro certo, todos vão achar graça. Mas aí não estamos falando de humor. O nome disso é bullying.
Anos se passaram desde que essa foto foi tirada e agora eu me vejo em um cenário muito parecido com o que eu vivi quando era só uma garota estranha. Recentemente, dei uma entrevista em que me perguntaram sobre os limites do humor. Por uma infelicidade, publicaram apenas um trecho da minha resposta, em que eu digo que "não posso mais fazer piadas com anão, negros, homossexuais".
É importante deixar claro que eu disse sim essa frase pavorosa. Mas em um contexto muito mais amplo. O que eu expliquei - ou, pelo menos, tentei explicar - é que não se pode fazer piadas envolvendo assuntos polêmicos sem correr o risco de ser tachado de preconceituoso. Mas fingir que o preconceito não existe é infinitamente pior.
Não sou a favor de fazer graça de quem já tem que lidar diariamente com a intolerância. Sou a favor de se fazer piada da intolerância em si. Em colocar na mesa os nossos podres para que a gente lembre que eles existem.
O objetivo do humor, na minha opinião, não é simplesmente fazer rir. Se fosse, contar piadas sobre negros numa convenção da KKK ou sobre judeus na Associação Viva Hitler seria um estouro de sucesso.
Programas como "Seinfeld", "Family Guy", "Modern Family", exploram muito bem essa linha tênue do dito politicamente incorreto. Em "Seinfeld", durante uma cena em uma loja de cadeira de rodas, o vendedor fala, sem pestanejar:
"Esse é nosso melhor modelo, a Cougar 9000. É a Rolls Royce das cadeiras de rodas. Isso é tipo... você quase fica feliz de ser deficiente."
Esse é o exemplo clássico de uma piada que causa uma risada desconfortável, porque vem acompanhada de uma crítica sutil. Pessoas como esse vendedor existem e falam absurdos assim o tempo todo. A graça não está em ridicularizar o deficiente. A piada reside em alfinetar um preconceito vigente, que existe e não deve ser ignorado.
Em "Modern Family", o casal gay moderninho fica indignado quando descobre que sua filha, um bebê vietnamita, é escolhido para fazer um comercial estilo "Godzilla em Tóquio". Ultrajado, um dos pais se levanta e vai buscar a menina, dando um discurso educativo sobre as diferenças geográficas entre o Japão e o Vietnã, enquanto se confunde e pega o bebê errado.
São programas bem sucedidos, que romperam a barreira do tal do politicamente correto em prol de um humor de qualidade, que consegue, de maneira muito sagaz, ser ao mesmo tempo ácido e construtivo.
É nesse humor que eu acredito. Piamente.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Psycho Channel - parte 4

Todos os episódios estão disponíveis no canal do Zingo no You Tube:

Episódio 10 - O Universo Paralelo


Episódio 11 - O Complexo de Édipo


Episódio 12 - O Dr. Feldman


Episódio 13 - O Namorado

 
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