natalia

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Humor inglês e guerra de comida

Interrompemos a programação psicótica para a postagem de uma das cenas mais incríveis da TV brasileira. Não me canso de ver, nunca.



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Te pego lá fora


As redes sociais trouxeram consigo dois grandes benefícios - e não, eu não estou falando daquelas chatices do Farmville e do Mafia Wars. Eu me refiro aos poderes quase divinos que essas redes nos emprestam. Lá nós somos onipresentes e, principalmente, oniscientes. O que é ao mesmo tempo uma dádiva e um estorvo.
O Facebook, por exemplo, tão inventivo e sagaz, devia ter algum tipo de aplicativo que nos avisasse precisamente o momento de parar nossas pesquisas nos perfis alheios. Ainda mais se o perfil alheio em questão for o de alguém em que você está interessado.
Porque até um certo ponto a pesquisa é saudável. É justa, é digna. Mas a fronteira entre a dignidade e o excesso de informação é meio nebulosa. Quando você se dá conta, já está a quilômetros de distância da tal fronteira, mais precisamente na página da melhor amiga da garota que você suspeita que o tal "alguém" esteja pegando.
Aliás, ênfase na palavra "pegando". Mais uma daquelas informações que era melhor não saber. Que o Facebook Team devia ter te impedido de descobrir, bloqueado seu acesso, te distraído com um anúncio irritante do Farmville, o que fosse.
Quando alguém que te interessa usa o termo "pegar", não tem como a carapuça não te servir imediatamente, quase que numa surra de carapuça. Você vai ser pega por ele, muito em breve. E vocês vão aprontar uma tremenda pegação.
Mas vá lá. Eu confesso que de vez em quando também me escapa um "peguei fulano", entre amigos, num clima de descontração alcoólica. Só que estando do outro lado e analisando friamente, não posso negar que me senti um pouquinho desconfortável.
"Pegar" é um termo tão juvenil, tão casual. Você pega uma fruta na geladeira, um suco. No meu caso, eu não pego nada, porque a minha geladeira está sempre vazia ou com restos de comida chinesa. O que, convenhamos, não é lá muito diferente da minha vida afetiva.
Quando você diz que "quer pegar fulano" ou que "está pegando sicrano", a impressão que dá é que o objeto da sua pegação é tão importante quanto o rolinho primavera que sobrou do almoço. Pegar é sinônimo de absolutamente nada relevante. Assim como a comida na geladeira, você pega, você come, você joga o resto fora.
Eu sinto falta da época em as pessoas usavam o termo "ficar". Porque, bem ou mal, você não está só "pegando" o indivíduo, você está "ficando"com ele. É uma evolução de comida de geladeira para bichinho de estimação.
Por isso, a partir de hoje, eu não vou "pegar" mais ninguém. Ok, mentira. De vez em quando acontece. Mas enquanto as redes sociais me permitirem ser onisciente, eu detestaria saber que alguém me considera "pegável".

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Episódio 2 - O cinema sozinha

Pra quem perdeu na tevê e pra quem gostou e quer assistir de novo, aí está:

Parte 1



Parte 2

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sem ex, com orgulho (ok, mentira)


Situação clássica. Reunião de amigos, chega um desavisado e pergunta do namorado de uma das garotas presentes. Silêncio constrangedor, alguns olhares enviesados, tensos. "Eles terminaram", alguém diz, por fim. E aí vem aquela chuva de "que penas", "que chatos", "que tristes".
Todo mundo sempre lamenta quando um casal se desfaz. Mesmo quando uma das partes era claramente a escrota e a outra vai ficar bem melhor sem ela. Mesmo assim. As pessoas sempre sentem muito. Ainda que o sentimento não dure mais que dez segundos.
Agora experimenta passar pela mesmíssima situação, só que em vez de namorados, trata-se de duas pessoas que saíam há um tempo. Sem denominações oficiais.
Vou te poupar do constrangimento e contar logo o que acontece.
Ninguém
se
comove.
Nin-guém.
"E o fulano?", pergunta o mesmo desavisado de antes. Só que agora não tem silêncio constrangedor, nem olhar enviesado. Junto com a total indiferença das pessoas, vem uma observação técnica, desprovida de qualquer sentimento. "Ah, eles pararam de sair". Assim mesmo, "ah, eles pararam de sair", impassível, como se o vínculo desfeito não fosse digno de um "que pena" ou um "que chato".
Quando você não namora, você perde uma porção de direitos perante a sociedade, dentre eles o de sofrer com a perda da outra pessoa. Mesmo porque você não pode sofrer pela perda de algo que tecnicamente você nunca teve.
Até com meu analista eu me sinto um pouco idiota de reclamar de um ex que não foi namorado. Um ex-qualquer coisa. Um ex-nada.
No máximo, um ex-trume.


THE INK SPOTS, "If I Didn't Care".

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Episódio 1 - O Mó Astral

Tô cheia de psicoses novas pra contar, faço isso até sábado. Por ora, vos deixo com o primeiro episódio da série, que finalmente caiu na internet!

Beijocas e já volto!

Parte 1



Parte 2

 
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