natalia

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Psicose Reflexiva 2: O Enigma da Multiplicação dos Homens


Como diria Sarah Silverman: "Martin Luther King, eu também tive um sonho."
Estava numa boate, pedindo uma bebida, quando comecei a ser perseguida pelo Four Tops cantando Baby, I Need Your Lovin’.
Subi as escadas com pressa, julgando ter me livrado da situação. Mas não. Sonhos são como desenhos animados. Ou filmes óbvios de terror. O perseguidor sempre chega antes, não importa quem tenha saído na frente.
Decidi ignorá-los, mas foi aí que me dei conta de que todos na boate estavam cantando pra mim, batendo palminhas e dançando à moda anos 60:
”Baby, i need your lovin’
Got to have all your lovin’
Baby, i need your lovin’
Got to have all your lovin’”

Então, meu despertador tocou e eu me lembrei que não pegava ninguém há semanas. Eu nem sequer flertava com ninguém há semanas. De uma hora pra outra, eu tinha virado a Srta. Celofane. Porque branquela eu sempre fui, mas nunca tinha chegado a ser translúcida.
É que quando você começa a não pegar ninguém, um campo eletromagnético de repulsa vai se formando ao seu redor. É como se tivesse um aviso gigante na sua testa, em néon, dizendo: “Atenção! Periguete!”.
Ou talvez seja uma questão darwiniana, de seleção natural. Vai ver, quando você fica sem pegar ninguém, seus feromônios param de funcionar direito e você vira uma espécie de eunuco (tipo, "não usou, perdeu").
A questão é simples. Ninguém vai atrás de alguém que ninguém vai atrás pela mesma razão que você não pega o último canapé da bandeja do garçom. Porque se o canapé for uma droga, o problema não é seu.
Por outro lado, uma coisa é certa nessa vida. Deixa aparecer um, filhinha. Basta um. Aí a oferta começa a crescer em P.G., os rapazes brotam como gremlins, uma fartura louca.
Muitos já tentaram resolver esse que é um dos maiores mistérios da ciência pós-moderna. Mas quando o assunto é o enigma da multiplicação dos homens, a conclusão das pesquisadoras é sempre unânime: o Universo só pode estar de sacanagem...


CENAS gravadas pelo novo TiVo Um Sonho.

5 comentários:

  1. Querida Psicótica,

    Para o homem que é homem não tem essa de não querer pegar o último salgadinho da bandeja. Aliás, conheço caras que não só pegariam o último salgadinho como lamberiam a bandeja e ainda passariam a mão na bunda do garçom. E mais, oque você diz não é verdade: homens no atraso é que afastam mulheres. Mulheres no atraso afastam no máximo... rapazes de família criados pela avó que não tem o menor jeito com o sexo oposto e que um dia acabam virando atores de teatro infantil. O negócio mesmo é levar a bandeja para tomar novos ares, frequentar novos ambientes, conhecer novas pessoas. Fazendo isso, garanto que dentro em breve não sobrará nem o farelo do último salgadinho. Sim, eu sei, a analogia é besta. Mas foi você quem começou! (rs)

    Beijão, e parabéns pelo blog

    Cursino

    ResponderExcluir
  2. Achava que isso só acontecia em relacionamentos duradouros.

    ResponderExcluir
  3. É que quando você começa a não pegar ninguém, um campo eletromagnético de repulsa vai se formando ao seu redor. É como se tivesse um aviso gigante na sua testa, em néon, dizendo: “Atenção! Periguete!”.

    rindo horrores com seu blog

    ResponderExcluir
  4. CARALEO (perdoe meu vocabulario chulo) TU É FODA!

    vi o programa apenas hj... anos mil após ja existir isso aki, e agora to viciada...

    to rindo tanto q ja chorei 2 vezes e minhas costas começaram a doer (sim... doems minhas costas e nao minha barriga qdo eu rio)

    Parabens!!!

    ResponderExcluir
  5. bom, pelo que li na internet - fonte das mais confiáveis, como sabemos - o que acontece quando não pegamos ninguém por muito tempo é que os tentáculos energéticos da CARÊNCIA vão aumentando de tamanho e força. acontece que todo homem tem um radar natural para o "polvo da carência", aquele que nos faz achar lindo e maravilhoso e muito melhor do que todos os outros o primeiro carinha que olha pra nós, ou assim imaginamos no meio da alucinação. e se ele olhou mesmo e até pensou em chegar, o radar anti-polvo dele percebe nossa verdadeira aparência atrás da máscara de tranquilidade e "alta-estima": olhos vermelhos e arregalados, lambendo os beiços e babando, torcendo as mãos, os tentáculos se contorcendo em volta, vestidas de noiva e só esperando um "oi, tudo bem" pra dizer "aceito". isso foi mais ou menos o que li na internet, mas elaborando um pouco o conceito, diria que se trata de um "efeito medusa": o carinha olha pra você e se transforma em pedra. já a multiplicação dos homens pós-pegação é simples. depois de bem pegadas, a "baixa-estima" sobe, levantamos os ombros, o rosto brilha, o andar fica mais sensual...

    ResponderExcluir

 
Designed by Thiago Gripp
Developed by Márcia Quintella
Photo by Biju Caldeira